Vinhos são sempre uma boa opção para um encontro entre amigos, um jantar a dois ou até mesmo para ser apreciado sozinho. Mas a hora de escolher um vinho pode ser trabalhosa: tipo de uva, safra do vinho, região de produção do vinho e por aí vai. São tantas coisas, não é mesmo?
Tem pessoas que até desistem de comprar vinho sozinhas porque não sabem nem por onde começar. Mas não é tão complicado assim. Confira!
Velho Mundo ou Novo Mundo?
É muito comum que consumidores de vinho se orientem pela uva em primeiro lugar, mas dois fatores nos fazem começar a escolher um vinho pela localidade: o Novo e o Velho Mundo possuem diferenças geográficas, climáticas e culturais que resultam em vinhos diferentes em taça, inclusive quando feitos com a mesma cepa, além de algumas regiões do Velho Mundo não estamparem a uva no rótulo (e comumente fazerem vinhos com duas uvas ou mais variedades!).
Enquanto que no Novo Mundo, o caráter varietal é o mais explorado assim como a exuberância dos aromas e intensidade de corpo, no Velho Mundo predominam as características do terroir e a mineralidade, que é praticamente um sinônimo de elegância. Veja algumas classificações em nossa loja virtual:
Tipos de uvas mais usadas
As principais uvas tintas que você precisa conhecer:
Cabernet Sauvignon
Intensa em aromas de groselha, notas herbáceas, de tabaco, café e baunilha, é também conhecida por seus vinhos bem estruturados, tânicos e encorpados. No Novo Mundo, os Cabernets têm sabores de frutas maduras e taninos macios, enquanto que os do Velho Mundo são austeros e taninos rugosos.
Merlot
Maciez é a característica mais marcante da Merlot – por isso, seus vinhos são tão fáceis de beber. Tem aromas exuberantes de frutas negras e violetas no Novo Mundo e caráter terroso no Velho Mundo.
Malbec
São as ameixas maduras, o frescor de menta e o perfume das pétalas de violeta que dão tipicidade à Malbec no Novo Mundo – isso sem falar na estrutura tânica e encorpada da uva. Os poucos exemplares do Velho Mundo são sóbrios e com taninos muito adstringentes.
Carménère
As notas vegetais de pimentão verde são marca registrada da Carménère, que também dá origem a exemplares frutados e com notas de madeira. Corpo e acidez médios. É raro encontrar vinhos da variedade fora do Chile.
Pinot Noir
Aromas de frutas silvestres dominam o nariz de Pinots mais jovens, que ganham toques terrosos e herbáceos com o passar dos anos. No Novo Mundo, a uva dá origem a tintos mais encorados e com menor acidez, enquanto que no Velho Mundo se apresenta leve e elegante.
Syrah ou Shiraz
Frutas negras e suculentas dão estrutura aos aromas da Syrah, mas são as notas de especiarias que caracterizam seus tintos de corpo médio a encorpados. A marca do Novo Mundo são as especiarias doces, como canela e cravo, e as frutas maduras, enquanto que no Velho Mundo vão mais para pimenta-preta e frutas frescas.
Tempranillo
Morangos maduros e geleia de frutas vermelhas dão personalidade aos Tempranillos, tintos de corpo médio a encorpado e tânicos.
Sangiovese
Com aromas mais tímidos, nos mostra notas que vão de ameixas a tomates com toques de ervas para chá e especiarias. Seus vinhos tem corpo médio, alta acidez e muitos taninos.
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As principais uvas brancas que você precisa saber de cor:
Chardonnay
No Novo Mundo tem aromas de frutas tropicais, são encorpados e têm baixa acidez; os do Velho Mundo tendem para as frutas cítricas e brancas, e têm maior acidez.
Sauvignon Blanc
Aromas de frutas amarelas, como maracujá e limão, são mesclados às notas herbáceas. Em boca, apresenta acidez bastante alta e corpo leve.
Moscato
Muito aromáticos, apresentam notas de buquê de flores e frutas brancas. Podem ter paladar doce ou seco, mas normalmente têm corpo leve e acidez moderada.
Riesling
Seus aromas vão de limão, damasco e maçã a querosene e mel. Versátil, produz vinhos secos ou doces, encorpados ou leves, mas sempre com boa acidez.
Torrontés
Muito aromática, é marcada pelo caráter perfumado floral e frutado que assume à taça, mas de acidez e corpo médios.
Gewürztraminer
Uva de casca rosada e pequenas bolinhas pretas, traz aromas de lichia, rosas, amêndoas e até alguns toques defumados. Muito aromática, tem corpo e acidez médios.
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Harmonizando vinho e comida
Vinho tinto com carne vermelha e vinho branco com peixe. Esse tipo de regra nem sempre funciona quando falamos em harmonização, mas pode ser um ótimo começo para escolher um vinho que agrade o seu paladar. Abaixo confira mais algumas dicas:
Cabernet Sauvignon, Malbec e Syrah: carne suína, bovina e massa.
Merlot, Carménère, Tempranillo e Sangiovese: carne suína, ave, bovina, queijo e vegetais.
Pinot Noir: ave, peixe, bovina e vegetais.
Sauvignon Blanc e Pinot Grigio: peixe, massa e vegetais.
Riesling: carne suína, peixe, massa e vegetais.
Chardonnay, Moscato, Torrontés e Gewürztraminer: ave, peixe e queijo.
Para mais indicações de harmonização, clique em um dos botões de categoria abaixo:
Palavras que você precisa conhecer para escolher um vinho
Você prefere um vinho encorpado, tânico e austero ou um vinho leve, fresco e aromático? Esses adjetivos são importantes para ajudar a descrever um vinho e identificar quais características agradam ou não o seu paladar!
Redondo ou equilibrado | Costumamos dizer que um vinho que é redondo ou equilibrado quando não restam arestas em taça. Um vinho que é macio, que integra bem todos os seus elementos (acidez, corpo, álcool e taninos) ou que está em seu melhor período de evolução. |
Encorpado ou pesado | Vinho que tem peso de corpo em boca. Mede-se o peso de um vinho a partir do peso que exerce sobre a língua. Exemplos: Malbec, Cabernet Sauvignon e Primitivo |
Leve | Muitos consumidores utilizam a expressão leve para falar a respeito de um vinho com baixa graduação alcoólica. Leve, na verdade, é um vinho com baixo peso de corpo. Exemplos: Pinot Noir, Gamay e Pinot Grigio |
Ácido ou fresco | Não pense que ácido tem conotação negativa ao falar de um vinho. Apenas significa que ele tem elevada acidez, característica que se sente pela alta salivação na lateral da língua. Exemplos: Riesling, Sauvignon Blanc e Sangiovese |
Tânico | Vinho com elevado conteúdo de taninos (polifenol presente na casca das uvas e que causa sensação de adstringência no paladar). Só os vinhos tintos têm tanino, pois os brancos e rosés são vinificados sem a casca ou por tempo insuficiente para transferir tais polifenóis à bebida. Exemplos: Tempranillo, Syrah e Cabernet Sauvignon |
Aromático | É fácil confundir um vinho aromático com um vinho com muitos aromas. Para identificar o aromático, pense somente na intensidade aromática do vinho (mesmo que seja de um único aroma). O vinho é perfumado? É possível sentir o(s) seu(s) aroma(s) mesmo sem aproximar o nariz da taça? Então ele é aromático! Exemplos: Malbec, Gewürztraminer e Riesling |
Complexo | Vinho com grande profundidade de aromas e sabores (não necessariamente com grande intensidade, a diversidade de aromas é o que importa). Muitas vezes utilizado para se referir a um vinho que ganhou notas de evolução com a guarda, chamadas de aromas terciários. Exemplo: Châteauneuf-du-Pape, Bordeaux e Barbaresco |
Austero | Quando algum dos elementos do vinho ainda está em desequilíbrio em relação aos demais, o vinho soa austero ao paladar. Diz-se isso quando abre um vinho destinado a longa guarda antes do período ideal. Exemplos: Barolo, Bordeaux e norte do Rhône |
Macio | Adjetivo muitas vezes utilizado para fazer referência ao tanino do vinho. Quando o tanino é macio e sedoso, passa pela língua como veludo, o paladar parece macio. Presença de glicerina e álcool também deixam o vinho macio. Exemplos: Merlot, Carménère e Chardonnay com estágio em madeira |
Seco | A maioria dos vinhos que consumimos são secos. Vinhos com pouco ou nenhum conteúdo de açúcar residual em sua composição. Na prática, são os vinhos que têm menos de 5 gramas de açúcar residual por litro. |
Suave | Muito se confunde o termo suave com macio, mas ao falar de vinho querem dizer coisas completamente diferentes. Suave, no Brasil, quer dizer que o vinho tem mais de 25 gramas de açúcar residual por litro. Normalmente não são vinhos com açúcar residual da própria uva, mas que são feitos de uvas americanas ou híbridas e têm açúcar adicionado artificialmente em sua composição. |
Forte ou quente | Quando a graduação alcoólica é muito elevada, diz-se que o vinho é forte ou quente, pois esquenta o paladar e passa marcado pela garganta. Não confunda forte com pesado ou encorpado. Normalmente os vinhos de regiões mais quentes tendem a ser mais alcoólicos, mas a percepção do grau alcoólico do vinho está mais ligado com o equilíbrio dele no paladar. |
Viu como não é tão difícil? Na sua próxima compra, coloque essas dicas em prática para não errar nas suas escolhas!